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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

USHUAIA - 12/10/10











O dia hoje foi mais light, mas nem por isso menos emocionante.

Contratamos um "remise" com Juan. Ele trabalha numa cooperativa do aeroporto e fez nosso transfer até a Pousada. É uma figuraça!!! Motorista, Guia, Fotógrafo, Carregador de Mochila, etc etc...

Nos pegou as 10h na Cabaña e inicialmente nos levou por um passeio pela cidade, pelos lugares que só os "moradores" conhecem. Em seguida, pegamos la Ruta 3 e fomos no sentido norte da Ilha do Fogo, até a cidade de Tolhuin (que quer dizer Coração - pois fica no centro da Isla del Fuego).

No caminho, visitamos um centro de criadores de cães de trenó (ruskies siberianos, do alaska e são bernardo). Fomos recebidos pelo Leandro, treinador e competidor. Ele compete por todo o mundo (polônia, russia, canadá, entre outros). Tem uma infinidade de Taças conquistadas. A visita inclui contato com os cães, explicação e apresentação do trenó e ainda um vídeo. Uma surpresa nos aguardava para a despedida. Leandro gritou algumas palavras e todos os cães começaram a uivar. Uma sinfonia impressionante, linda, maravilhosa!!! Eram 102 cães numa melodia harmoniosa.

De volta à Ruta 3, paramos inúmeras vezes para fotos da paisagem. Conhecemos os Lagos Escondido e Fagnano. O primeiro tem esse nome porque, quase sempre está envolto por uma névoa e não é possível observá-lo (demos muita sorte, o tempo estava limpinho). O segundo tem 120km de extensão, parece mar!
O lado ruim da paisagem foi observar os estragos feitos pelos Castores. Esses foram "importados" do Canadá com a intenção de utilizar sua pele. Entretanto, a adaptação não ocorreu como planejado. Na Terra do Fogo, a pele dos castores é muito fina e não serve para fins comerciais. Abandonaram os bichos a sua própria sorte e procriaram de uma forma absurda. Eles não tem predadores naturais e viraram uma praga.

Na cidade de Tolhuin, conhecemos a "Panadería La Unión". Uma tentação em doces, chocolates, pães, salgados (incluindo as famosas empanadas).

Um passeio que não podem perder!!!

Mais fotos no Picasa.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

USHUAIA - 11/10/10











Descobri que quem criou as botas de esqui, é um SÁDICO!!!

A bota deve pesar +/- 1 kg cada uma. É de um material duro e, uma vez calçada, adeus a posição ereta. Você passa a andar com os joelhos dobrados. Os primeiros passos, parece que você se cagou e está tentando chegar no banho, sem maiores estragos... a dor nos pés e pernas, é crescente. Sem dúvida, um instrumento de tortura adorável... E na primeira vez tudo consegue ser pior. Ao alugar a bota, o cara confisca teu calçado e ficamos sem a opção de tirar aquela geringonça.

Mas, quem está na chuva é pra se molhar, né? Ou melhor, quem está num centro de sky é pra esquiar (ou pelo menos tentar!!!)

E nós estávamos no Cerro Castor. O centro de sky mais austral do mundo. Fica a 26km da cidade de Ushuaia. Acessível por uma estrada pavimentada (ruta 3) e com um nível de conservação razoável. Fomos de Van. Chegando lá, alugamos roupas e equipamentos e subimos o teleférico. Contratamos nossas 2h de aula, exclusivas. Enquanto aguardavamos o início (13h) apreciamos a paisagem, comemos um sushi delicioso (salmão, camarão, polvo e centolla) e degustei um vinho branco, que vinha de cortesia com o sushi. A paisagem é deslumbrante... coisa de filme!

As 13h fomos para nossa aula de tortura, ops, aula de sky, com nosso professor Pow (é apelido, o cara é argentino mesmo). A cada minuto, ou melhor, a cada segundo que passava, a dor nas pernas e pés tornava-se insuportável. Se equilibrar nos skys é o de menos. Ruim mesmo é ter que mover as pernas sabendo que isso te causará muita dor.

Aguentei por 40min e desabei na neve. Cathy e Domi continuaram a aula. Depois de um tempo, tentei mais uma vez e por fim, sucumbi a ficar deitada, quietinha, fazendo meu bonequinho de neve e clicando fotos delas. Uns 40min depois, foi a vez de Cathy me fazer companhia nos bonequinhos. E por fim, faltando 15min para a aula acabar, Domi parou também.

Voltamos para o restaurante onde resolvi afogar minha mágoa com as botas e minha frustração com a aula, em Quilmes.

Domi ainda voltou a esquiar sozinha. Eu e Cathy precisamos levar a sério esse negócio de academia... rs

As 17h retornamos ao nosso lar doce lar. Enchi a banheira de hidromassagem com água quentinha e fiquei meia hora tentando fazer com que, minhas pernas e pés que ficaram na montanha, retornassem ao meu corpo.

Saímos para jantar e ainda tinha a sensação que estava calçando as maleditas botas de sky. Comentei com as meninas e Cathy disse estar com a mesma sensação.

Mas o dia foi tão intenso e gostoso que, o sono não vinha... por sorte, porque a meia noite houve uma espetacular queima de fogos que assistimos da varanda da Cabana. 12/10 é aniversário da cidade de Ushuaia, por isso a comemoração.

Uma certeza: não desisti de esquiar mas, agora que já sei como é, estarei mais preparada...

Mais fotos em:


domingo, 10 de outubro de 2010

Ushuaia - 10/10/10 um número cabalístico... rs




Acordei as 8:30 e Cathy as 9h. Depois de muita insistência, conseguimos tirar Domi da cama. Mas, tirar as meninas da Cabana... só consegui depois das 11h!
Fomos no porto, reservar o passeio da tarde. Gustavo, dono das Cabanas que estamos hospedadas, nos ofereceu uma carona até o Glaciar Martial.
Chegando lá, compramos os tickets e subimos pelas "las aerosillas" (teleférico). Um passeio de 14min, onde pudemos ir contemplando as diversas paisagens produzidas pela neve. Interessante observar que ao redor das árvores, a neve deixa um "buraco" ao redor do caule.
Descemos e fomos finalmente, pela primeira vez, sentir a neve! Estava um pouco dura, afinal já estamos na primavera e não tem nevado todos os dias. Seguimos o fluxo do povo e fomos subindo. A esperta aqui, saiu um pouco do caminho tradicional e afundou os 2 pés num buraco. Enquanto as meninas se acabavam de rir, só tive o impulso de me jogar no chão e rolar pra fora do buraco. Rolei com mochila nas costas e máquina fotográfica nas mãos... e ainda tive que escutar gracinhas das meninas, que sequer tiveram iniciativa de fotografar meu mico. Azar o delas.. rss
Quando estávamos distante dos teleféricos, depois de uma subida, quase voltando, eis que de repente, percebemos uma chuva estranha... não era chuva. Caía algo do céu mas não molhava, pousava em nosso corpo pequeninos FLOCOS DE NEVE!!!! Sim, finalmente assistimos nossa primeira nevada! Eram pequeninos flocos, mas era neve! Podem testemunhar (com um pouco de boa vontade) em nossas fotos!
A nevasca durou todo o tempo, até nossa descida pelo teleférico. Apesar da baixa intensidade, descobrimos que: A NEVE QUANDO CAI, NÃO MOLHA!
É uma sensação indescritível... nos 14min de descida, fui sozinha em meu teleférico, enquanto as meninas foram juntas (assim como na subida). E só um pensamento me consumia... como é perfeita a Criação Divina!
Voltamos à Cabana para pegar algumas coisas. Comemos um "podrão responsa e caro" num restaurante no caminho e fomos para o porto.
Embarcamos para o passeio pelo Canal Beagle. Eu e Domi já tinhamos feito em janeiro mas, queria que Cathy tivesse essa experiência. Pois ela ficou sentada dentro do barco quase 100% do tempo, passando mal... a única coisa que ela aproveitou foi a parada na ilha para uma caminhada.
O engraçado nesse passeio foi um sorteio que teve no final. O barco só tinha argentinos (2af e 3af é feriado para eles). A guia distribuiu os números dizendo que haveria um sorteio de um brinde especial. Peguei o nr.15, Cathy pegou o 19 e Domi o 18. Estávamos ansiosas em saber qual seria o prêmio. E eis que, pela primeira vez na vida, tivemos sorte!!!! Não ganhamos!!!
O prêmio era a bandeira argentina, que tremulava na frente do barco.. rss
Fim do passeio, fomos as "compritas". Cathy descobriu o free shop... meu Deus, o que foi aquilo?!?! Ushuaia é uma cidade livre de impostos (tipo Manaus). Gastamos um bocado, mas tivemos um bom lucro!!!
Além das fotos acima, vejam mais em:
www.picasaweb.google.com/carlalamenha/ushuaia101010#

sábado, 9 de outubro de 2010

Ushuaia na Primavera - 1' Dia


Depois de contratempos com embarque (aerolíneas argentinas cancelou nosso vôo), finalmente chegamos à Ushuaia.
Perdemos o passeio pelo Canal Beagle mas ganhamos o restante do dia livre.
Bater pernas pela cidade, olhar em todas as direções e ver a Cordilheira dos Andes nevada, pertinho... a sensação é que se pode tocar nela se esticar o braço... sem dúvida, vale aguentar as 7:30h de viagem (3h até buenos aires + 3:30 até ushuaia).
Domi foi direto na lojinha que tem os Alfajores que ela tanto ama (interessante como a memória dela funciona para essas coisas, rs). Em seguida, fomos na Delivery onde tem a Quilmes a bom preço. Bebi uma Quilmes Book. Lembra muito o sabor da nossa Malzibier.
Fotos, bate perna, fotos, bate perna... passamos pelo mercado onde umas compritas abasteceram a geladeira da Cabana. Quilmes 1 litro a 6,45 pesos!!!
A noite, mais bate perna e uma passada no Restaurante Tia Elvira pra comer a deliciosa Centolla (king krab). Uma enorme a 89 pesos... uma pechincha! Cathy comeu um bife de chorizo.
A programação pra amanhã tá armada, se tiver novos contratempos, não importa.
Me deem um limão, que farei uma deliciosa caipirinha!!!

Mais fotos no picasa:
www.picasaweb.google.com/carlalamenha/ushuaia091010#

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Adios, Argentina, não chores por mim...











Apesar de ter pago 4 diárias no Hostel de Buenos Aires, só tomamos o café da manhã hoje! 1' e último dia, saímos de madrugada para viajar, ontem, Domi dormiu mais que a cama... enfim, um café da manhã muito bom para a categoria de Hostel. Iogurtes, 2 tipos de pães, sucrilhos, refrescos, café, leite, manteiga, requeijão, geléia... as instalações também são boas, e a localização excelente. O "se não" ficou por conta de um problema que não sei se é crônico. Faltou luz várias vezes ontem e hoje. O pessoal da "light local" esteve aqui e resolveu o problema, há pouco.




Bom, voltando ao café da manhã, logo em seguida fomos fazer um tour pelo Delta do Tigre. Tigre é um município há uns 40min de B.Aires. Existem inúmeros rios que formam uma "veneza portenha em miniatura". Nas ilhas, restaurantes, clubes e casas luxuosas.




Depois do passeio de catamarã que durou 45min, embarcamos no Tren de La Costa e descemos na estação de San Isidro. Há um shopping, uma pracinha onde fica a Catedral de S.Isidro (belíssima arquitetura) e uma pequena cidade em volta (me lembrou muito Valença-RJ). A guia disse que pessoas de classe alta moram lá e trabalham aqui.




A tarde almoçamos, fizemos mais umas comprinhas e corri pro quarto. Gente, eu estava literalmente dissolvendo... um calor terrível, céu completamente azul, sem nuvens, o termômetro na sombra indicava 29 graus, no sol, com certeza devia estar uns 35! Bom, já estou me ambientando para a volta.. rss

Depois de um cochilo, saímos pra jantar, mais um bate perna (ah, apesar de toda comilança e bebedança, pelo visto andei mais que comi - emagreci!!!!), e voltamos para arrumar as malas. Agora é só fazer hora para ir p/aeroporto... estamos mesmo com saudades de casa e de todos vocês!

Resumo da viagem (da forma mais resumida possível... hehehe)

Ushuaia - superou as expectativas, que não eram poucas. Faltou lugares para conhecer. Tanto eu quanto Domi elegemos como o melhor de toda a viagem, voltaríamos lá, com certeza.

El Calafate - os glaciares, icebergs, cordilheira dos andes e principalmente as surpresas no passeio pelo lago argentino, valem cada centavo e minuto investido. Mas 2 dias de passeio foram o tempo certo, não voltaria lá.

Buenos Aires - tem que se ter a companhia certa pois, tem atrações que só cabem a dois, outras em grupos e outras são bem aproveitadas com filhos. Mas nem todas servem para a mesma companhia. Ficou confuso?!?! Ah, pensem o que quiserem.. hehehe

Rio de Janeiro, minha cidade maravilhosa, amanhã cedinho tô chegando!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Buenos Aires I
















Dia de hoje foi mais tranquilo. Não consegui tirar Domi da cama antes das 12h. Pagamos o preço, ficamos sem ir a Feirinha de San Telmo pois, quando fomos almoçar, caiu uma chuva de verão e ficamos presa. Depois da chuva, voltamos ao hostel para pegar guarda chuva e pegamos um táxi. O taxista disse que a Feirinha deveria estar com a maioria das barracas fechadas, pela chuva e adiantado da hora. Fomos direto ao Caminito.





Uma volta por lá, Domi fez muitas fotos e seguimos para Puerto Madero.





Confesso que fiquei meio decepcionada com Puerto. Domi não achou graça nenhuma, tomamos sorvetes, demos uma voltinha e retornamos ao hostel.

DJ Argentino em noite Brasileña

Esse DJ não conhece os estilos brasileiros!!!
Quando finalmente parou o funk, tocou Axé, seguido de Raul Seixas, Gilberto Gil, Tim Maia e Chico Buarque, tô quase indo lá dar uns toques... rss

Mi Buenos Aires Querido


A foto de hoje vai online!
Estamos no bar do Hostel. Domi vinha reclamando que estava com saudades de várias coisas do Brasil, principalmente o feijão e músicas brasileiras.
Não sei quanto ela pagou nem como mas, o bar do Hostel que fica no subsolo, hoje é NOITE BRASILEIRA!!!
Saímos de El Calafate utilizando o transfer do próprio Hostel. Aliás esqueci de informar. Do aeroporto para a cidade o táxi custa 80 pesos. Van, são 26 pesos p/pessoa. O hostel oferece transporte por 65 pesos. Utilizei a van na chegada e o transfer do hostel na saída. Atirei no que vi e acertei no que não vi, pois o papo no transfer foi esclarecedor. Quem fez o transfer foi o dono do Hostel, numa grand cherokee. Jorge, um senhor provavelmente sexagenário. Conversamos no trajeto. Ele é de Buenos Aires. Tem um filho que nasceu nos EUA e mora no Leblon-RJ há 15 anos, desde que casou com uma brasileira. Conversamos sobre a cidade. Ele disse que El Calafate é a mais cara do país. Por ser um lugar muito seco, nada é produzido lá. Vivem exclusivamente do turismo mas, pagam os mais altos salários do país, justamente porque ganham por isso. Ele afirmou, os empresários daqui são muito ricos!!! (até pensei em propor casamento, mas El Calafate é muito frrrrioooo... brrrr). Se bem que ele disse que, quando chega o inverno e a temperatura bate os 8 graus negativos, ele viaja pra Miami, Europa ou Rio. Mas é bom não arriscar, vai que o velho é duro na queda e demora a morrer... rss
Chegamos, depois de um bom banho, fomos passear no Shopping Abasto. Domi estava ansiosa por rever a civilização. Daqui é super rápido e tranquilo ir ao shopping. Na esquina tem o subte (metrô), que nos deixa na estação Carlos Gardel (essa estação sai literalmente dentro do shopping). Após um lanche no Burger King, fizemos umas comprinhas e voltamos ao Hostel.
E foi aí que vimos o cartaz anunciando a NOITE BRASILEIRA no bar do Hostel. No início tava ótimo, Chico Buarque e outros de MPB... agora, tá rolando FUNK... pqp, ninguém merece mas, ser mãe é padecer no paraíso, não é?
Já estou no quinto chopp de Quilmes, tá arriscado eu ir até o chão (ou não)... hahaha. Mas uma coisa é certa, hoje é dia de porre! É só subir um elevador no final e amanhã, não temos hora pra acordar, minha idéia é ir na Feirinha de San Telmo, Caminito e Puerto Madero. Pena que não vi nenhuma plantinha de boldo na área.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Todos Los Glaciares - 08-01-10





























Hoje o passeio foi mais light. 7:30h dentro de um barco super confortável (3 andares, bancos acolchoados reclináveis, banheiros limpíssimos, bar, telão com informações e filmes do parque, etc, etc).







O barco parte de Puerto Bandera, há 40km de Calafate. O Lago Argentino tem 1.500 e uns quebrados de km2. É o maior do país. A cada curva, uma surpresa diferente. Muitos templanos boaindo, alguns capazes de afundar um barco (ainda bem que não estávamos no Titanic).







Ele vai parando a cada paisagem que valha a pena. A guia vai alertando ao microfone para os que estão tirando um chochilo, não percam a atração.







Não pudemos visitar o paredão do Glaciar Upsala pois havia Templanos demais impedindo o acesso. Vimos de longe.







O Glaciar Spagiazini (não estou certa se é assim que se escreve), é o que tem as paredes mais altas. Outra particularidade é que boa parte dele, fica na montanha a beira dele, ou seja, vemos um pedaço imenso na montanha, como se fosse rolar uma avalanche a qualquer momento. Show!







Depois fomos até a parede norte do Perito Moreno (justamente o lado que eu não havia navegado na véspera). Tivemos sorte pois houve várias quebras. Uma delas foi um pedaço bem grande, formando uma grande onda.

Desculpem se o texto estiver meio confuso... tô cheia de sono, mas precisava e queria muito atualizar o blog.

Amanhã estamos seguindo para Buenos Aires. Receio que Domi não ache graça em nada por lá... esses dias em Ushuaia e El Calafate foram daqueles INESQUECÍVEIS!!!

PERITO MORENO - UM MORENAÇO!!!






















A visita ao Glaciar Perito Moreno com direito a Mini-trekking foi fantástica! Superou as expectativas, mas voltei completamente exausta.



É o glaciar mais famoso do Parque Del Glaciares, apesar de não ser o maior (Upsala é o maior com 800 e alguns quebrados de km2 de extensão).



Um glaciar é formado pela neve que desce das montanhas em direção ao lago, ali se congela e faz paredes imensas. A atividade é contínua, o Morenaço avança 1,20m p/dia mas, também se quebra bastante, soltando "los templanos" (icebergs) pelo lago. Esse é o único glaciar do parque que não diminuiu de tamanho nos últimos 20 anos.



Morenão fica há 74km de El Calafate, numa estrada estreita mas muito bem conservada. Depois que ingressamos no Parque, o ônibus respeita a velocidade de 40km/h o que faz a viagem ser mais longa. (ingresso no parque: 75 pesos. Menores de 16 e maiores de 65 é free).



Chegando lá, pegamos um barco para deslizar pela frente da parede sul do Morenão. Desembarcamos do lado oposto e caminhamos por um bosque até o ponto onde colocamos os "grampones" nos pés para subir ao Glaciar.



É uma caminhada de 1:30h, com subidas e descidas. Domi ficava com receio toda vez que precisava atravessar uma área mais transparente. Não deu outra, numa hora ela quase afunda o pé numa pocinha d'água... rss



Foi cansativo pra kcete mas no final fomos brindados por whisky com gelo retirado da geleira na hora e alfajores.



(Marcelo - pula esse parágrafo). Tô avisando... não lê!!!

Como sou uma pessoa abençoada, meu guia pessoal foi o Diego. Um argentino com aquele rabo de cavalo que tanto aprecio... ai, Dios mio!!! Ele seguia no fim do grupo e coincidentemente eu e Domi sempre ficávamos pra trás (era pra tirar foto, gente, só isso...)

Depois do trekking, retornamos pelo bosque até um refúgio onde lanchamos (cada um leva sua "vianda") e aguardamos até o barco nos pegar. Do outro lado, o ônibus nos leva até as passarelas onde se pode ver toda a majestade do Morenão, de cima.

O espetáculo mais lindo são os pedaços de gelo que se soltam fazendo um estrondo como se fosse um trovão. O Morenão é o glaciar com o maior número de quebras, devido ao fato da parede sul desembocar no Brazo Rico e a parede Norte em outro rio. Nos explicaram que fica uma corrente contínua de água por baixo das paredes.

Acima algumas fotos, tem mais no Picasa.

El Calafate




Desculpem a demora mas, as atividades em El Calafate são de dia inteiro e super cansativas.


Após um atraso de 45min na saída de Ushuaia (sem qualquer justificativa ou explicação), fizemos uma viagem rápida e tranquila. Importante alertar: tem taxas de embarque a ser pagas "en efectivo" (em dinheiro) - Ushuaia, 50 pesos p/persona. El Calafate, 38 pesos.


Na chegada, pensei que aterrissaríamos na Lua. A paisagem é completamente lunática. Planície, vegetação rasteira de um tom alaranjado. O aeroporto fica há uns 40km da cidade e no caminho começamos a ver alguns morros mas a vegetação não muda. De longe, avistamos a Cordilheira dos Andes.


O Hostel Del Glaciar Libertador é muito bem localizado (na rua principal, que cruza toda a cidade). As acomodações são bem agradáveis. Cama confortável, chuveiro forte e quentinho, café da manhã bem razoável para um nível de Hostel.

A cidade é menor que Santos Dumont-MG (juro!!!). Sem prédios, bem espalhada, e a impressão é que vivem exclusivamente do turismo.

Curiosidade: Vaso sanitário aqui, chama-se INODORO. Depois que passo por lá, acho que muda de nome... hehehe

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cerro Martial ficou pra próxima...
















Ontem fui dormir já passava da meia noite. Acreditem, ainda se via um pedaço de céu claro no horizonte!





Deitei e comecei a escutar uns sons muito fortes, levantei e fui fuçar... era o vento. PQP que vento era aquele? Acho que, por não ter prédios altos, não zunia mas, era uma coisa absurda. Percebi que nosso passeio ao Cerro Martial, hoje, ficaria comprometido. Não deu outra. Hoje a temperatura está muito próxima de zero e, pelo que ouvimos por aqui, no alto do Cerro estaria com sensação de vários graus abaixo de zero. Utilizar a aerosilia (teleférico), seria algo fora de cogitação. Apesar de termos comprado luvas e casaco para a ocasião (li que aqui seria frio mas, não imaginava o quanto, precisamos comprar em Ushuaia), seria um risco comprometer o restante da viagem com um resfriado.





Fomos então dar uma volta pelo restante da cidade que não havíamos conhecido. Fomos a porta de vários museus mas não entramos em nenhum. Primeiro pq só aceitavam "em efetivo" (em dinheiro) e minhas parcas economias são contadas, segundo pq já havíamos escutado sobre a história dos índios Yahamas no passeio de barco e sobre os presos e presídio no passeio de trem.





No final, fomos almoçar. Decidimos por comer uma massa, num restaurante típico. Eu tremia de frio e beber cerveza, nem pensar! Estava pensando em pedir um conhaque quando abri o cardápio e vi uma variedade de vinhos. Apesar de não ser muito afeita, pedi um Malbec (especialidade argentina - valeu os programas do Travel & Living... rss). El nombre: Santa Julia de Mendoza.

De entrada, Domi pediu uma empanada de queijo e presunto e eu de muzzarella e funghi. Dividimos outra empanada de centolla. Prato principal, uma massa com camarão.

Definitivamente sou européia. Explico: minhas bochechas estão completamente rosadas enquanto as da Domi continuam da mesma cor.

Agora, é pegar as malas e ir pro aeroporto... El Calafate, tremei, Carla e Domi tão chegando!!!!

Estou quase legalmente bêbada.. rss

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tren del Fin del Mundo e Parque Nacional - Ushuaia
















Ontem fomos dormir às 23:40h, acreditem, ainda havia luz do dia, quase esperei para saber se havia o "sol da meia noite"... rss





Acordamos as 7h e nos vestimos correndo pois às 7:55h passaria o ônibus para nos levar ao passeio no Trem do Fim do Mundo e Parque Nacional.





Esse trem servia aos presos que eram levados para trabalho forçado de derrubar árvores e conseguir pedras para a construção do presídio e alimentar os aquecedores.





É um passeio belíssimo, serpenteando a mata, pelo sopé dos cerros e um rio que nos acompanha quase todo o trajeto. A água é de uma cor leitosa. Essa cor é característica das águas das geleiras.





Para quem pensa, mas, e o frio? Aqui em Ushuaia todos os lugares tem aquecimento. Todos mesmo. Vc entra em restaurantes, lojas, trem, barco, etc e precisa tirar os pesados casacos.





No Parque Nacional vemos muito verde, montanhas, lagos e rios.



A primeira parada foi no Lago Roca. A temperatura hoje aqui variou entre 7 e 11 graus, entretanto, o Lago Roca é cercado por montanhas com neve nos picos e ventava muito. No lago havia ondas (como se fosse mar). A sensação térmica era de menos de zero grau. Tirei a luva para fumar um cigarro e quase congelei minha mão!

A próxima parada foi na Cafeteria (a única do Parque). Por isso mesmo, preços completamente absurdos. Tomamos um Chocolate Fueguino - 18 pesos e dividimos um sanduíche de queijo e presunto - 20 pesos. Aconselho a quem for fazer esse passeio, levar seu lanchinho.

Depois fizemos uma caminhada de uns 20min pela mata. A guia ia explicando sobre a vegetação. Essa caminhada acabou no Baia Lapataia.

Pretendiamos subir o Cerro Martial hoje a tarde mas além de estar chuviscando, estamos completamente exaustas! Tomara São Pedro ajude e consigamos ir ao Cerro amanhã antes de embarcarmos para El Calafate.

Navegação pelo Canal Beagle





























Fantástico o passeio pelo canal Beagle. Para nossa sorte, o capitão do barco é um gaucho, filho de brasileiro com argentina, o Silvio Lima. Quando ele descobriu que éramos brasileiras, fez todas as nossas vontades e ainda dava dicas pra Domi se localizar no melhor ponto do barco antes de chegar ao local para as fotos. Além dele, tinha a guia e o marinheiro argentinos, todos super simpáticos. Os barcos saem todos no mesmo horário e observamos que haviam barcos maiores, mas, para esse tipo de passeio os menores são os melhores!


Na volta, depois de passarmos tanto frio, quando saímos do barco para as fotos e passeio pela ilha, é servido um farto lanche: café, leite, chá, biscoitos e licor.







Passamos pela ilha de Los Lobos (Marcelo, teus parentes mandaram lembranças, estão com saudades), pelo farol do Fim do Mundo, outra ilha repleta de Cormorones (são pássaros, apesar de parecerem muito com pinguins) e ainda desembarcamos numa ilha para um passeio. Além das fotos acima, vejam mais em